Prezados companheiros do grupo GEROI-Brasil:

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Antonio Joaquim C. da Cunha

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ADOTAREI O AMOR

23/07/2006

 

 

ESCRAVOS DO OURO ......

"Escravos do Ouro" é o nome de um livro que li faz algum tempo.

Hoje, novamente me encontrei com ele e pude lembrar-me do resumo que fiz, quando do término da leitura, servindo-me dele e de Kalil Gibran para esta mensagem de final de semana.

Sobre o livro "Escravos do Ouro", escrevi:

Com toques de espiritualidade e em forma de romance, o autor,  Eurípedes Kühl, leva o leitor a viajar na história do Brasil, envolvendo aspectos da exploração do ouro em que são partes, principalmente, a figura do escravo trazido da África e o português à cata de riqueza.

A tristeza vivida pelos escravos ao serem transformados em mercadorias de negociação, arrastados de suas terras para o Brasil; doenças, castigos bárbaros, mortes!  A ambição pelo ouro motivando o abandono da família, deixando esposa e filhos. As lutas contra os piratas, e contra os franceses que em 1710 e 1711 invadiram o Rio de Janeiro. A criação de "Vila Rica", pela descoberta do ouro. As "Entradas" e "Bandeiras". Todas essas aventuras através do texto, me conduziram à conclusão de que só o amor e a bondade são capazes de construir e que tudo se destrói quando não existe o amor.

E para o fechamento de minhas reflexões, acrescento, de KALIL GIBRAN

ADOTAREI O AMOR .......

Desejando a todos UM FINAL DE SEMANA.

 

ADOTAREI O AMOR

 

 

Adotarei o amor por companheiro

e o escutarei cantando, e o beberei como vinho, e o usarei como vestimenta.

Na aurora, o amor me acordará e me conduzirá aos prados distantes. Ao meio dia, conduzir-me-á à sombra das árvores onde me protegerei do sol como os pássaros.   Ao entardecer conduzir-me-á ao poente, onde ouvirei a melodia da natureza despedindo-se da luz, e contemplarei as sombras da quietude adejando no espaço.   À noite, o amor abraçar-me-á, e sonharei com os mundos superiores onde moram as almas dos enamorados e dos poetas.   Na Primavera, andarei com o amor, lado a lado, e cantaremos juntos entre as colinas; e seguiremos as pegadas da vida, que são as violetas e as margaridas; e beberemos a água da chuva, acumulada nos poços, em taças feitas de narciso e lírios.   No Verão, deitar-me-ei ao lado do amor sobre camas feitas com feixes de espigas, tendo o firmamento por cobertor e a lua e as estrelas por companheiras.   No Outono, irei com o amor aos vinhedos e nos sentaremos no lagar, e contemplaremos as árvores se despindo das suas vestimentas douradas e os bandos de aves migratórias voando para as costas do mar.   No Inverno, sentar-me-ei com o amor diante da lareira e conversaremos sobre os acontecimentos dos séculos e os anais das nações e povos.   O amor será meu tutor na juventude, meu apoio na maturidade, e meu consolo na velhice. O amor permanecerá comigo até o fim da vida, até que a morte chegue, e a mão de Deus nos reúna de novo.  

Antônio J. C. da Cunha

RMW\GEROI\antoniojoaquim.htm em 23/07/2006, atualizado em 23/07/2006 .