Prezados companheiros do grupo GEROI-Brasil:

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Alberto Bittencourt

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O ROTARY E A PAZ

25/08/2006

 

Aos companheiros do GEROI.

Agradeço às palavras da companheira Lygia Roccato, que encontrou e trouxe à nossa memória este texto.

Agradeço ao comp Farão pelas referências ao meu trabalho sobre o  “Quadro Social”. Parabéns pela excelente homepage do Distrito 4480: www.rotary4480.com.br . Tive a alegria de ali encontrar, ao lado de expoentes do rotarismo brasileiro, uma página com minha foto e alguns de meus artigos:

Aos companheiros Hermes, Joper, Cidinha Pereira e demais, muito obrigado por suas palavras de estímulo e apoio.

Aproveito para informar que no site do GEROI: www.geroi.org.br  no menu “Arquivos” a primeira pasta contém cerca de 65 artigos de minha autoria.

Aqui vai a íntegra do discurso, que se encontra no site do Distrito 4500 como sendo o documento mais lido: www.rotay4500.org.br

 

 

 

O ROTARY E A PAZ


 Discurso proferido pelo governador do D4500 Alberto Bittencourt no Tribunal de Justiça de Pernambuco, dia 21 de fevereiro de 2005, por ocasião da homenagem aos 100 anos do Rotary International.

 

O Rotary é uma instituição centenária!

Dia 23 de fevereiro de 2005 foi celebrado o Centenário do Rotary International.

O mundo inteiro comemorou a data como o aniversário da solidariedade e da compreensão mundial, pois trata-se de uma organização de homens e mulheres, líderes em seus negócios e profissões que prestam serviços humanitários, fomentam elevados padrões de ética, estabelecem a boa vontade e trabalham pela paz no mundo.

Por todas essas razões, o Rotary galgou posição de destaque no âmbito internacional, chegando a ser considerado a quarta força do mundo, depois do Estado, da Igreja e da Imprensa.

O seu fundador, no longínquo fevereiro de 1905, em Chicago, foi Paul Percy Harris, um jovem advogado, íntegro, alegre e comunicativo. Depois de viajar por vários continentes e de exercer as mais diversas profissões, estabeleceu-se em Chicago, cidade onde os respeitáveis homens de negócios tentavam sobreviver às perigosas circunstâncias que os envolviam.

Sentindo-se isolado naquela selva de pedra, imaginou uma associação de homens que sentissem o mesmo vazio de vida e expôs suas idéias a três amigos: um engenheiro de minas – Gustav Loehr, um alfaiate – Hiran Shorey e um comerciante de carvão, –Silvester Shiele. Daí surgiu a fundação dessa entidade que visava prestação de serviços à comunidade local e mundial, sem fins lucrativos. E denominou-a Rotary pela rotatividade dos locais onde costumeiramente passaram a se reunir.

Ao completar os 100 anos de existência, vale a reflexão:

-         o que realmente tem feito o Rotary neste primeiro século de serviços, pela concretização desse sonho da humanidade que é a busca da paz e da compreensão mundial?

-         Será que o Rotary, que tanto apregoa a paz, tem sido efetivamente, ao longo de sua existência um arauto e defensor da paz?

-         Será que os 32.000 Rotary Clubes, espalhados em 167 países e regiões geográficas, têm trabalhado o suficiente na difusão da paz no mundo ou em nossas comunidades?

-         O que cada um dos mais de 1.200.000 rotarianos do mundo tem feito, no seu dia-a-dia, para colaborar na construção da paz, seja no mundo, seja em nossas comunidades, seja em nossas relações sociais?

-         Como é que o Rotary como instituição age para promover a tão sonhada paz no mundo?

O Rotary é uma organização não governamental, que reúne pessoas de bem, líderes em seus setores, para que, juntos, possam melhor promover a solidariedade humana, a defesa dos direitos de cidadania, a convivência harmônica e pacífica. Trabalhando juntos, na construção do homem e do mundo, escolher a solidariedade como meio de promover a paz, é escolher a vida.

O Rotary trabalha pela paz interior, na razão de ser um instrumento de crescimento e desenvolvimento pessoal, através de seus programas educacionais.

O Rotary trabalha pela paz social, na minoração do sofrimento do próximo, na ajuda a quem precisa, através de seus programas humanitários.

O Rotary trabalha pela paz ambiental, em defesa do meio ambiente, na preservação dos recursos naturais.

Paz, SHALOM, em hebraico, não é apenas o contrário de violência, de ódio. Paz é a vida como ela deve ser.

A paz, cujo símbolo é a pomba branca, com o ramo de oliveira no bico, é sinônimo de bem estar, de felicidade, de saúde, de segurança, de  relações sociais equilibradas, de harmonia consigo mesmo, com o próximo, com o meio ambiente e com Deus.

A paz não chega pela mentira, pela guerra, pela imposição da vontade do mais forte.

A paz não chega pela miséria, pela fome, pelo desemprego, pela exclusão social.

Os caminhos para a paz foram ensinados por Jesus. A prática de amor incondicional, da fraternidade, da solidariedade, do perdão,

A paz é a eliminação dos excluídos das desigualdades, da injustiça social, da concentração da renda.

Feliz é o tema da Campanha da Fraternidade em 2005, pela segunda vez ecumênica, abraçada pela reunião de todas as igrejas, em que propõe o tema “Solidariedade e Paz”, e “Felizes os que promovem a paz”.

Felizes somos os rotarianos de todos os tempos que temos a oportunidade de promover a paz. Felizes são os heróis pacifistas, exemplos de dedicação de suas vidas em prol da solidariedade, como Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Martin Luther King, Desmod Tutu, Nelson Mandela, Zilda Arns, através da pastoral da Criança, Viviane Senna do Instituto Ayrton Senna, e nosso grande arauto da paz, nosso irmão e pastor, Dom Helder Câmara.

O que me fez aceitar o convite de meu padrinho para entrar em Rotary, foi justamente uma entrevista de televisão num programa comandado por Ziraldo, ainda nos anos setenta, sendo  Dom Helder Câmara o entrevistado. Após comentar esse quadro de desigualdade, de injustiça social, de miséria, de violência que permeia a nossa sociedade, Ziraldo perguntou:

"Padre Helder, que conselho o sr. daria a cada um de nossos telespectadores, o que cada um de nós deve fazer para mudar por pouco que seja, esse  quadro de violência, de fome, de miséria, de exclusão social, em nossas cidades?"

Dom Helder respondeu apenas com três palavras:

"Não fique só".

Essas três palavras reúnem toda a filosofia do Rotary. Sozinhos, pouco ou quase nada podemos fazer. Juntos, unidos, podemos operar milagres, parodiando o musical “O homem de La Mancha” :                                                                                       

juntos, podemos sonhar o sonho impossível

vencer o inimigo invencível

afastar a tristeza infinita

Ir aonde nem os mais corajosos ousaram chegar.

Juntos, podemos fazer a diferença num mundo tão sofrido. Juntos podemos aliviar o sofrimento num mundo tão conturbado por guerras, conflitos, cataclismos e desastres naturais, Juntos, podemos mudar o futuro de muita gente.

O Rotary International e a Fundação Rotária, são duas organizações distintas. A primeira, é representada pelos distritos rotários, em número de 529 no mundo. Eu sou atualmente o governador 2004-2005 do distrito 4500, que congrega 91 Rotary Clubes dos estados de  PE, PB e RN. Nosso mandato é de apenas 1 ano. Começa no dia 1º de julho e vai até 30 de junho de cada ano. Os distritos rotários congregam os Rotary Clubes, células independentes e autônomas, em número de mais de 32.000, presentes em 167 países, com um total de mais de 1.200.000 rotarianos, todos unidos, com o objetivo maior da Busca da paz e da Compreensão Mundial

O RI é a entidade administrativa, que traça as linhas mestras das ações dos Rotary Clubes no mundo, que define sua estrutura e seus estatutos.

Ao lado do Rotary, a outra  personalidade jurídica, inteiramente independente é a Fundação Rotária, o braço financeiro do Rotary. É a  entidade que promove os recursos financeiros necessários para a consecução dos objetivos do Rotary. Enquanto RI vive de contribuições que são compulsórias, pagas por rotarianos do mundo, a Fundação Rotária vive única e exclusivamente das contribuições voluntárias, espontâneas,   conseguidas por rotarianos e rotarianas do mundo inteiro para a realização de seus programas humanitários, educacionais e de intercâmbio cultural.

O Brasil tem sido um dos países mais beneficiados pela ajuda da Fundação Rotária, atrás apenas da Índia e do México. Anualmente os rotarianos brasileiros têm contribuído com cerca de US$ 1.700.000 para Fundação Rotária, mas recebemos o dobro, US$ 3.400.000 por ano, para os nossos projetos humanitários, que são os projetos de Subsídios Equivalentes, para os projetos educacionais, as bolsas de estudo e para os de intercâmbio cultural, os programas do IGE – Intercâmbio de Grupos de Estudos.

Nosso distrito, ao longo de sua história, já contribuiu com cerca de US$ 600.000 para a Fundação Rotária, tendo dela recebido mais de US$ 1.200.000. Somos, o distrito 4500, o campeão absoluto do Brasil em programas da Fundação Rotária.

Em 1986, a Fundação Rotária entregou ao governo Sarney, um cheque de US$ 6.400.000 destinado a fabricação de todas as vacinas contra a poliomielite durante os cinco anos seguintes. Em apenas 3 anos, o Brasil surpreendeu e a  paralisia infantil foi eliminada de nossa terra. Foi no município de Souza, na Paraíba, em 1989 que ocorreu o último caso de paralisia no Brasil. Não existe, em nosso país, uma só criança, com idade abaixo de 16 anos, que tenha contraído essa terrível moléstia.

Agora, em 2005, ao completar 100 anos de idade, o Rotary dá ao mundo o seu maior presente: a erradicação do terrível pólio-virus selvagem da face da terra.

Foram 20 anos de esforços continuado, intenso, vencendo obstáculos que se afiguravam intransponíveis para alcançar com a vacina a todas as crianças do planeta. Cerca de 2 bilhões de crianças foram vacinadas nesse período.

Foi iniciada no ano de 1985 a campanha que se denominou Campanha Pólio Plus, posto que além da poliomielite também combate outras doenças infantis, como a catapora, sarampo, disenteria,  tuberculose e coqueluche. Naquele ano de 1985, cerca de 350.000 crianças no mundo foram vítimas da paralisia infantil, quase 1.000 crianças por dia, contraíram esse terrível mal que quando não mata, deixa deformidades permanentes. Pois o Rotary foi a primeira entidade a vislumbrar a possibilidade de, mediante a vacina Sabin, facilmente ministrável apenas duas gotículas, com cem por cento de eficácia, eliminar da face da terra o terrível pólio vírus selvagem. E lançou-se sozinho nessa empreitada monumental, nessa tarefa hercúlea.

A ele seguiram-se outras organizações, que abraçaram a causa: a ONU, a OMS, a UNICEF, o Comitê Norte Americano de Controle e Prevenção de Doenças, e governos dos países do mundo inteiro.

Nesses 20 anos de campanhas de vacinação, Dias Nacionais de Imunização foram implantados nos mais difíceis e inóspitos recantos da Terra. Milhões de voluntários, sob a liderança de rotarianos, levaram as vacinas a crianças em regiões assoladas por guerras as mais diversas, sem meios de comunicação adequadas, sob o risco de minas terrestres vencendo o preconceito, o medo, a ignorância.

Em alguns estados da África, disseminou-se a crença que a vacina Sabin  acarretava a esterilização das crianças e causava AIDS. A vacinação foi bloqueada nesses estados durante 13 meses. Milhões de crianças deixaram de se imunizar.

A doença eclodiu em 2004 em 10 países vizinhos que já estavam livres dela. A vitória, que parecia perto de ser alcançada no ano de 2003, quando apenas 729 casos em 5 países ocorreram no mundo, tornou-se distante quando em 2004 o vírus ressurgiu com toda a sua força. Mas o Rotary não deu tréguas. Redobrou seus esforços. A Campanha “Cumpramos o prometido erradiquemos a pólio” arrecadou em um ano 120 milhões de dólares.

As vacinações foram reiniciadas nos estados que as havia suspendido, após o convencimento dos líderes nacionais e regionais da improcedência das crenças difundidas.

Cerca de 300 milhões de crianças foram vacinadas na África e na Ásia apenas nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2004.

O Rotary já investiu cerca de  US$ 600 milhões nas campanhas de vacinação, atrás apenas do governo dos Estados Unidos, que investiu US$ 700 milhões. Ao todo já se gastou mais de US$ 1,5 bilhões nessas campanhas.

É importante considerar que os recursos gastos pelo Rotary foram fruto de contribuições espontâneas, voluntárias, de rotarianos do mundo inteiro, que acreditaram que através da proteção à infância estariam co caminho certo da Busca da Paz e da Compreensão Mundial.

Nesses 20 anos, de 1985 a 2005, 2 bilhões de crianças foram vacinadas, mais de 5 milhões de crianças deixaram de contrair a poliomielite. Esperamos que, em 2005, nenhuma criança do mundo se Deus quiser, contraia esse terrível mal.

Mas, os 600 milhões de dólares gastos pelo Rotary não foram o mais importante. O principal foram os milhões e milhões de horas de trabalho dos voluntários, rotarianos ou não, na concretização desse ideal levando, transportando, armazenando, aplicando vacinas nos mais difíceis recantos. 600 milhões de dólares representam apenas 5% das despesas militares anuais do mundo. Em 2003 foram gastos 960 bilhões de dólares em guerras e conflitos.

Atualmente 20 guerras incendeiam  o planeta, ceifam vidas e recursos materiais, humanos, naturais.

O Sudão é um exemplo. Há 50 anos uma guerra fratricida  já matou mais de 2 milhões de pessoas.  O vírus da AIDS dizima populações inteiras na África, um continente devastado pela fome, pela miséria, pela guerra, pelas epidemias. É nesses países que o Rotary está vencendo a luta contra a paralisia infantil.

Nosso distrito 4500 é um exemplo da dedicação e trabalho dos rotarianos. Recentemente, patrocinado pelo Rotary Club do Recife,   a Fundação Rotária doou para a Fundação Altino Ventura o ônibus da Esperança – a  Unidade Móvel Inácio Cavalcanti – um ônibus inteiramente equipado, com a  melhor e mais moderna tecnologia, para realização de cirurgias oftalmológicas, principalmente de catarata, já tendo devolvido a luz da visão a mais de 1.200 pessoas, num trabalho inolvidável da Fundação Altino Ventura, em parceria com a secretaria Estadual de Saúde e o SUS.

US$ 250.000 foi o custo dessa Unidade Móvel Inácio Cavalcanti, recursos esses doados, metade por rotarianos dos Estados Unidos e metade pela Fundação Rotária.

Falando apenas em saúde, nos anos 80, o Rotary doou para o HEMOPE um equipamento para conservação de sangue, único do Brasil, possibilitando o armazenamento das doações sanguíneas por períodos mais prolongados.

Em João Pessoa, máquinas de Hemodiálise foram entregues ao Hospital São Vicente de Paula. Em Natal, equipamentos de fisioterapia foram doados para Centros de Deficientes.

Pelos 3 estados de PE, PB e RN, creches, orfanatos, escolas, centros que se ocupam de portadores de necessidades especiais, centros de recuperação de drogados, abrigos de idosos, entidades que tiram as crianças da rua, centros profissionalizantes de jovens e adultos, tudo isso tem sido objeto de projetos de nossos Rotary Clubes  - os projetos de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária.

Tudo em prol da Paz e da Compreensão Mundial.

Além disso, o Intercâmbio Internacional de Jovens já enviou mais de  120 mil jovens de um país a outro, no que se constitui no melhor e mais barato programa de intercâmbio de jovens do mundo.

Paralelamente, a Fundação Rotária capitaneia o maior programa de bolsas educacionais do mundo, Anualmente envia 1.300 bolsistas para estudarem fora, em outro país, já tendo enviado cerca de 35.000 bolsistas.

Os Centros Rotary de Estudos Internacionais para a Paz e Resolução de Conflitos, formam anualmente 70 profissionais como mediadores da paz, especialistas na resolução de conflitos, no atendimento e socorro às vítimas e refugiados, inclusive de desastres e cataclismos, num curso de mestrado com 2 anos de duração. São Sete Centros Internacionais nos principais centros universitários do mundo.

Voluntários do Rotary   é outro programa em que a Fundação Rotária subsidia , voluntários para atuarem em países na luta contra a miséria, a doença a fome.

Não obstante isso, o Brasil, é um dos países em que a violência tem crescido em índices alarmantes. O número de homicídios aumenta 5,5 % ao ano. Se esse índice significasse desenvolvimento, estaríamos no patamar das nações mais desenvolvidas do mundo.

Lamentavelmente a nossa imagem no mundo não é das melhores nesse sentido. Temos entre 2 a 3% da população mundial e entre 12 e 13% das vítimas mundiais por armas de fogo. São dados da Campanha da Fraternidade, que não nos deixam mentir.

São 50 mil mortos todos os anos, vítimas de armas de fogo no Brasil. E, pasmem, 90% são do sexo masculino, jovens na faixa etária entre 15 e 24 anos, com a vida pela frente, atingidos pelo crime, pela guerra entre traficantes, pela violência. Morrem no Brasil, em 1 ano, por homicídios e armas de fogo quase tanto quanto foram mortos nos 6 anos de guerra do Vietnan, que totalizaram 58.000 mil soldado americanos.

A violência custa ao Brasil 10,5% de seu PIB, por ano, ou cerca de R$ 160 bilhões, conforme relatório da OMS.

O setor privado gastou em segurança com a indústria do medo, 70 bilhões de reais no ano de 2001, quase o dobro dos gastos públicos com segurança que foram de 37 bilhões de reais.

Enquanto uma bala custa menos de R$ 1,00, uma internação hospitalar para vítimas de armas de fogo custa R$ 245,70/dia.

Existem no país cerca de 300.000 aprisionados, número que aumentou com 2.500 a 3.000 a mais todos os meses. O custo mensal de um aprisionado é de R$ 700 a R$ 1.000.

Contra esse estado de coisas, se insurgem o ROTARY e o TJP, que estão sempre unidos,  numa parceria de mútua cooperação.

Lembro aqui o trabalho desenvolvido pela Rotary Club do Recife - Boa Viagem, capitaneado por companheiros como Arildo Resende de Castro, José Bartolomeu Figueiredo de  Lima, Jones Figueiredo Alves, Fernando Cerqueira, ao lado TJP, sob  presidência do Dr. Nildo Nery, com a participação de tantos valorosos auxiliares como o juiz João Targino e outros, no que se denominou a Campanha Criança Cidadã.

Alguns dos eventos realizados na época marcaram de maneira indelével nosso clube. Relembro alguns deles:

1 – Carreata, para recolher alimentos para as vítimas das enchentes. Foram enviados 6 toneladas de alimentos para os municípios mais atingidos.(Palmares, Maiaral e Comunidade do Coque)

2 – Olimpíadas criança-cidadã, com competições esportivas, distribuição de medalhas e show de encerramento com artistas de renome no Estádio do Arruda. Foram entregues 200 bicicletas aos competidores.

3 – Dia da criança, celebrado no Geraldão, com mais de 5.000 crianças, distribuição de brindes e participação de artistas famosos.

4 – Programa Cidade Digna:

– Recolhimento dos mendigos da rua do Imperador, onde viviam há 3 gerações, dando-lhes assistência e casa.

– Recolhimento de menores de rua viciados em drogas e encaminhamento a núcleos de recuperação  em instituições que se  ocupam desses problemas através de recursos patrocinados por bancos.

5 – Bibliotecas das escolas: fornecimento semanal de livros e revistas para 6 escolas da comunidade do Coque.

6 – Caravana de Natal em abrigos e creches

7 – Seleção de 49 alunos da comunidade do Coque e matrículas em cursos pré-vestibulares, levando a assistência até a realização das provas, tendo obtido três aprovações nos cursos superiores.

Enquanto durou essa campanha, os indicativos de violência no Coque se mantiveram civilizadamente baixos. Após sua conclusão, a violência retomou um crescimento vertiginoso, que explodiu agora, com a execução de dois policiais militares, fardados e em serviço, por uma gang de menores de idade, terminando numa verdadeira operação de guerra, noticiada pelos jornais.

Agradeço ao TJP esta   bela homenagem, em nome do presidente do RI, Glenn Estess, e dos rotarianos do nosso Distrito 4500. Contem conosco

RMW\GEROI\abittencourt2.htm em 23/07/2006, atualizado em 22/05/2007 .